segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Brincadeira do Neurônio: até eu posso brincar!

BRINCADEIRA DO NEURÔNIO
Passo a passo
Passo 1 - Como é a Brincadeira:
- Público-alvo: Todas as idades, basta ter pelo menos 1 NEURÔNIO.
- NEURÔNIO: qualquer CAIXA DE FAZER BARULHO.
- A proposta é que cada participante construa o seu próprio NEURÔNIO.
- E, um NEURÔNIO a mais para dar de presente para alguém.
- Qualquer material serve para construir um NEURÔNIO.
- Qualquer formato e tamanho de NEURÔNIO também servem para a brincadeira.
- Nós fizemos os nossos NEURÔNIOS com canos de tecelagem, garrafas, tampinhas de plástico e pedrinhas de aquário.


Passo 2 - Objetivo da Brincadeira:
- NEURÔNIO marca o ritmo e faz conexão com outros NEURÔNIOS.
- NEURÔNIO inventa sons e coreografias dentro de uma CANÇÃO conhecida.
- NEURÔNIO interage e estimula os outros NEURÔNIOS.
- Na BRINCADEIRA DO NEURÔNIO ninguém pode ficar parado só assistindo: todos têm que participar.
- Quem não tem NEURÔNIO, bate palma, canta, dança ou se mexe.
Qualquer formato, qualquer material serve pra fazer uma 
Caixa de Barulho (NEURÔNIO).

Passo 3 - Como ter o seu NEURÔNIO: crie um com a sua cara!
Qualquer coisa que faz som serve para ser NEURÔNIO.
- Todo mundo pode construir vários NEURÔNIOS e distribuir para os amigos.
- O NEURÔNIO mais valioso é aquele que é ganho de quem gosta da gente.
É muito estimulante ver alguém concentrado conhecendo o seu Neurônio...
... e uma alegria ver todos utilizando os Neurônios que ganharam!

Passo 4 -  Como cuidar do seu NEURÔNIO:
- O NEURÔNIO é um instrumento que só existe se alguém tocá-lo. Procure exercitar diariamente o ritmo do seu.
- Construa novos NEURÔNIOS e dê de presente para os amigos.
- Personalize o seu NEURÔNIO, desenhando, pintando, com colagens. Dê vida a ele.
- Disponibilize e estimule todos a compartilhar os seus NEURÔNIOS com todo mundo.
- Invente formas criativas e originais de usar o seu NEURÔNIO em outras atividades, tendo pelo menos uma boa ideia por dia.
- E, sobretudo, mantenha  o seu NEURÔNIO alegre.
Brincadeira do Neurônio estreou na Festa de 3 anos do PIÁ (Programa de Iniciação Artística) 
da Biblioteca Narbal Fontes, em São Paulo, em 13 de setembro de 2014, com a música do Dois do Brasil.
Para aprender e ensinar a brincadeira é só acessar: 
http://doisdobrasil.com/neuronio.php

AGRADECIMENTOS


Equipiá 2014:

- Verônica S. Pereira (Artes Visuais)
- Luci Savassa (Teatro)
- Ciça Coutinho (Dança)
- Jacqueline Oshima Franco (Música)

Outros artistas-educadores que já passaram pela Biblioteca Narbal Fontes: 

- Liliana Olivan, Marko Concá, Juliana Rosa,Sidmar Gomes, Andressa Francelino, Verônica S. Pereira, Ruba Ruy Borba, Daniela Alves.

PIÁ (Programa de Iniciação Artística): http://bit.ly/1BL9UHI
Biblioteca Narbal Fonteshttp://bit.ly/Zpaddu

Prefeitura de São Paulohttp://bit.ly/1m9KLDd

Boa brincadeira!!!

Dois do Brasil - Cultura Musical
www.doisdobrasil.com

terça-feira, 19 de agosto de 2014

O Futuro será Bonecolarizado?


Conversaremos cada vez mais com máquinas?

Quando meu filho disse essa frase - "O futuro será bonecolarizado!", uma ficha enorme caiu na minha cabeça.
Limpei o sangue, e constatei que a frase me iluminou como uma profecia para além do galo na cabeça. É isso! O futuro será dos bonecos!
Entendi por que estou apaixonado pela secretária eletrônica do meu banco. Estou em sério relacionamento com aquela voz sensual. Nem ligo mais para saber o saldo, nem nada, quero só ouvir aquela voz me mandando digitar números e mais números. É alucinante!
E, no aeroporto, então? Desde criança, ouço aquela mesma voz. A dona da voz deve estar com 70 anos, mas a voz continua com 25! Linda.
Sim, com certeza, o mundo será cada vez mais “bonecolarizado”, um neologismo preciso para uma realidade perversa, se tomarmos “bonecos” como fantoches ou robôs em contraponto a “humanos”. Em certa medida, todos estamos nos tornamos um pouco fantoches ou “bonecolarizados”.

Viveremos a ditadura dos olhos eletrônicos?


Desde a infância, sempre nos sentimos atraídos por representações do que amamos, como super-heróis, ídolos, carros, barbies e todas as fantasias materializadas em miniaturas inanimadas. Hoje, somos as próprias. Estamos conseguindo criar robôs com sentimentos de homens e homens cada vez mais insensíveis.
Os “drones”, essas maravilhosas máquinas voadoras, nos vigiam e controlam. Cada passo é meticulosamente acompanhado, fotografado, filmado.
As máquinas venceram? Sou cobrado por um cara que não existe, de voz grossa e ameaçadora.
Bonecos fazem parte de um “sistema fictício” (até a prova em contrário!). A culpa é sempre do “sistema” que cai quando mais preciso.  Mas, basta pisar na bola de alguma maneira, que o “sistema” surge com sua mão justiceira.
Outro dia meu filho me chamou de dinossauro. Senti-me lisonjeado, pois na verdade pareço uma largatixa!
No carro, sou comandado por uma voz educada que me manda entrar por aqui e por ali. Minha mulher se comunica com uma boneca virtual no site da sua loja de departamentos. E são grandes amigas.
Os robôs de buscas, com seus complexos algorítimos, descobrem até pelo em ôvo.
À medida que os comandos de voz se tornarem mais cotidianos, a "bonecolarização" atingirá o seu grau mais espetacular. Poderemos passar dias e até meses sem encontrar as pessoas que vivem sob o nosso mesmo teto.
Um futuro menos humano?

Hoje, na porta do banco, uma bela voz me mandou retornar para trás da linha amarela inúmeras vezes e tentar entrar de novo, até eu perder a paciência. Isso, com um boneco nunca aconteceria. Ele é muito mais calmo e calculista. Impassível, iria tentar entrar no banco até conseguir, sendo programado para isso. Eu não sou. Talvez, estejamos precisando aprender com os bonecos a ter mais calma e racionalidade.
E no shopping? Quanta simpatia! “Bem vindo e boas compras!” Isso soa, às vezes, como uma sentença de morte!
Nas redes sociais, os avatars e as ícones se apaixonam perdidamente uns pelos outros todos os dias. Têm vida própria e nem precisam mais de seus donos. Logo, se reproduziram sem controle.
Ai, sim, teremos o mundo "bonecularizado"!
Seremos sumariamente descartados, graças à nossa obsolescência programada, ou reciclados - virando extrato de gente, e vendidos por camelôs-robôs como souvenir.
Você conhece os seus direitos na internet?
Como a tendência é vivermos cada vez mais online, é muito saudável sabermos mais sobre o ambiente. Existe uma ética própria para cada grupo, mas temos a quem recorrer quando nos sentirmos prejudicados.
Serviço público:
Para quem se sentir lesado por crimes virtuais:
 http://www.crimespelainternet.com.br/delegacia-para-denuncia-de-crime-eletronico-sao-paulo/




domingo, 6 de julho de 2014

Internet para Velhinhos!

Se não me falha a memória, escrevi algo a respeito há algum tempo, mas não lembro mais onde guardei. Dizia mais ou menos o seguinte: "Se você tem mais de 50 anos, e se considera um analfabeto digital, não se desespere, nem tudo está perdido. Se, seu filho o chama de dinossauro, de dragão, sinta-se feliz, pois - na verdade, você não passa de uma lagartixa!"

É absolutamente inadmissível que alguém com a sua saúde e ativo como você não domine o básico da comunicação online nos dias de hoje! Mesmo porque, a internet é auto explicativa e qualquer pessoa pode aprender só, como nos mais excitantes vícios solitários, se é que você ainda se lembra dos vícios solitários.

Somos (quem tem 50+) da geração mais privilegiada da Humanidade! Fomos de zero a cem em um segundo! Assistimos nos últimos 40 anos, o que o mundo levou milhões de anos para aperfeiçoar. Nunca o Conhecimento e a Informação evoluíram tanto e tão rapidamente. O filme das nossas vidas vai do mais puro nonsense em preto e branco, até a mais alucinante aventura 6D digital. Antes da gente, parece que não havia nem sexo, nem drogas, nem rock'n roll (!) Ainda bem que as várias gerações que depois estão empenhadas em consertar o estrago que fizemos!

Há uma quantidade de jovens gênios do Pensamento, das Artes, Ciência, Música, Literatura, Esporte, e, principalmente, da Comunicação, nossos contemporâneos, que podem ser adotados como referência, e podemos até nos comunicar com muitos deles em tempo real. Antes, esses gênios só surgiam de 100 em 100 anos!

A internet é concretização dos sonhos da geração 50+. É o amor livre dos hippies. A plena democracia dos idealistas, a igualdade de classes. A liberdade amoral dos anarquistas, a transmutação dos alquimistas, o impalpável dos esotéricos, a desmaterialização científica, o multiplicador de votos dos políticos. O imponderável da Ficção Científica, a fantasia dos sonhadores, o anonimato dos voyers, o imensurável dos estatísticos. E para isso, cria uma ética própria para cada tribo. É só achar a sua turma.

Nunca a imaginação atingiu níveis tão inimagináveis! Golpistas e idiotas acham que podem ficar anônimos. Conseguimos o que queríamos! Agora, o que vamos fazer com tudo isso são outros quinhentos. O mais criativo hoje em dia não é quem cria, mas, e talvez principalmente, quem sabe usar melhor o que foi criado. Quem atua, participa, repercute. Não adianta mais falar: "não é comigo!", "não estou nem aí!". O mundo cobra participação, engajamento, atitude proativa, socialização. As redes sociais são o presente. O futuro vira presente e passado num piscar de olhos. Existe uma inteligência artificial que se move e pulsa, envolvendo a tudo e a todos que respiram. Inteligência subliminar, gerida sim pela inteligência humana.

Isso dificilmente mudará nos próximos séculos. Gente tem inteligência e se comunica com gente.
Um cara correu 40 quilômetros para dar um recado, e morreu. Hoje, quando você tecla enter, alguém no Japão lê na hora. Magia! A solidão nunca esteve tão acompanhada e assistida pelo mundo inteiro.

Portanto, você não tem desculpa, mas tem saída. Mãos e cérebro à Obra! E, nem precisa levantar a bunda da cadeira!


O acento estará sempre reservado para maiores de 60.


O autor
Guto Maia e professor, editor/criador web, coordenador de projetos de educação, cultura, inclusão e cidadania. Músico/vocalista em Dois do Brasil.
OCÊ na web!
Oficinas Culturais Online

Nunca te verei, sempre te amarei!

A magia
Guto Maia 
É estimulante estar escrevendo agora e, em tempo real, alguém em Singapura poder ler e pensar no que escrevi, sem que isso passe por nenhum canal de revisão, impressão gráfica, censura etc. Mais interessante ainda, é saber que é possível revisar tudo no minuto seguinte, e desdizer o que foi escrito, ou simplesmente apagar o post. Sem pretensões literárias ou jornalísticas, embora sirva a ambas, num blog eu posso escrever absolutamente tudo que penso para absolutamente ninguém, embora imagine que esteja falando pro mundo! O nível eu determino. Às vezes há consequências, é claro! Nem sempre agradáveis. Mas é o preço de se estar exposto. Quem tem medo, não expõe! Que se expõe corre o risco de falar bobagem. Haverá sempre o que dizer. É o poder das palavras. Os blogs começaram como um imenso solilóquio coletivo, e já se transformam numa poderosa ferramenta de interação e aprendizado. O Brasil atingiu a marca de 40.000.000 de internautas!  Isso parece muito, mas representa apenas um terço da população, o que é muito pouco. O governo promete agilizar a inclusão digital. E isso é bom para o Brasil. Às vezes, surpresas e reencontros inesperados acontecem, e isso dá mais sentido à vida. Penso que todo ser humano médio normal quer isso: acesso à informação, ao aprendizado, e um acesso direto àqueles que admira, embora talvez nunca os encontre pessoalmente. Os gênios têm outro nível e não precisam de blogs, nem de imprensa, nem de luzes, nem de carinho, nem de propaganda, nem de ninguém. Gênios são como gnomos e discos voadores: só existem pra quem acredita neles. Eu nunca vi um... Todos, mais cedo ou mais tarde, acabam por renderem-se aos encantos dessa rede. Cada vez mais todos se reencontrarão. Em tempos de internet, diz-me com quem lincas e te direi em que nível estás, o que procuras, quem encontras e quem reencontrarás...

O autor
Guto Maia e professor, editor/criador web, coordenador de projetos de educação, cultura, inclusão e cidadania. Músico/vocalista em Dois do Brasil.. É autor da peça "Nunca me ví, sempre me amei!" premiada na Jornada SESC de Teatro/93 - O Riso no Teatro.

OCÊ na web!
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